O escritório que representa o ex-presidente é a AG Immigration, que tem sede em Washington e escritórios em outras partes do país, inclusive em Orlando, onde está o ex-presidente.
A informação foi publicada pelo jornal britânico Financial Times e confirmada pela Folha de S.Paulo.
Bolsonaro viajou para os EUA em 30 de dezembro de 2022, um dia antes de deixar a Presidência, e, rompendo uma tradição democrática, não passou a faixa presidencial para seu sucessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele tomou um avião presidencial e seguiu para Kissimmee, cidade na região de Orlando a poucos minutos dos parques da Disney, onde levou a família para uma casa de férias que pertence ao ex-lutador de MMA José Aldo, em um condomínio fechado.
Prestes a completar um mês nos Estados Unidos, Bolsonaro pediu ao ex-lutador para estender a estadia por cerca de um mês, até depois do Carnaval, segundo um amigo do atleta, conforme mostrou a Folha de S.Paulo na última semana.
A casa, um imóvel de oito quartos em um condomínio fechado nas imediações dos parques da Disney, está disponível para aluguel em uma plataforma online por valores a partir de US$ 519 a diária (cerca de R$ 2.600, sem contar impostos e taxas que podem fazer o valor quase dobrar), mas foi cedida pelo ex-lutador, que apoiou Bolsonaro na eleição de 2022.
Neste final de semana, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o pai está "desopilando" nos Estados Unidos e não tem data para ele voltar ao Brasil.
A família, segundo o senador, já voltou dos EUA. Sobre uma data de retorno de Bolsonaro, ele diz: "Pode ser amanhã, pode ser daqui a seis meses, pode não voltar nunca, não sei. Ele está desopilando. Você nunca tirou férias, não?", afirmou Flávio em entrevista à imprensa no sábado.
Não se sabe, porém, se os problemas de saúde de Bolsonaro vão fazê-lo encurtar a viagem. Ele chegou a ser internado com obstrução intestinal no começo do mês e, na ocasião, disse que iria adiantar a volta ao Brasil. Nesta semana, seu médico disse à Folha de S.Paulo que ele terá de fazer uma nova cirurgia ao voltar.
Flávio afirmou que o pai está tranquilo e não tem receio de que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o torne inelegível.
"A preparação, os advogados estão olhando tecnicamente, e o retorno que tem é que não há nada juridicamente que implique o presidente Jair Bolsonaro. Agora, tribunais, Poder Judiciário, não é lugar de fazer julgamento político", disse Flávio.
"O presidente está com muita tranquilidade, porque sabe que ainda que force muito uma barra, não tem como vincular Bolsonaro a nenhum ato criminoso."
Fonte: Folhapress (Thiago Amâncio)
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